sábado, 23 de abril de 2011

Irônia

Bahia precisa importar 50% do pescado, apesar de ter o maior dos litorais

Rede Bahia | G1
O Estado não dá conta de suprir a demanda interna, e ficam em 3º no ranking nacional. Salvador é a cidade que mais consome peixe.
A poucas horas da ceia da sexta-feira Santa, ainda tem gente comprando o peixe, mas é preciso ficar atento, porque os preços estão mais altos. A situação poderia ser diferente se a Bahia, que têm o maior litoral do país, tivesse terminais pesqueiros. Hoje em dia o estado ainda pesca menos do que consome.
No mercado de Juazeiro, no norte da Bahia, a procura por peixes não teve aumento, mas o preço já não é mais o mesmo. De acordo com o comerciante Israel Fernandes, o preço aumentou. “Mais ou menos um aumento de 35% por cada quilo de peixe. Temos que comprar em outros lugares e em função disso, o preço aumenta”.
Em Barreiras, na região oeste, a variedade de peixe é o que o mais atrai o consumidor. E o pescado pode ser escolhido ainda no tanque, bem fresquinho. Os mais procurados são o Surubim, que custa R$ 20 o quilo, e o Curimatá, vendido a R$ 10 o quilo.
No Mercado Municipal do Peixe, em Salvador, o Vermelho está entre peixes mais procurados para a sexta-feira Santa. No mercado ele é vendido em média a R$ 17, o quilo. Outros peixes com bastante saída são a Pescada Amarela, vendida a R$ 17, o quilo, e a Arraia, vendida por R$ 8 reais.
Produção

Salvador é a cidade que mais consome peixe no Brasil e a Bahia tem a maior costa litorânea do país. Apesar disso o estado está em terceiro lugar na produção nacional de pescados, com 121 mil toneladas por ano. E a consequência disso é trazer peixes de fora. Hoje em dia, 50% do que é consumido na Bahia vem de outros estados, principalmente de Santa Catarina e do Pará.
De acordo com o presidente da Bahia Pesca, para aumentar a produção de pescados na Bahia, é necessário ter infraestrutura de terminais pesqueiros. Dois já estão em fase de construção: um em Ilhéus e outro em Salvador.
“A infraestrutura é mais importante porque existe barcos de outros estados que pescam em nosso litoral e descarregam o pescado em outros estados de origem. Na medida que ele tem uma infraestrutura em um terminal pesqueiro, com combustível, com gelo, com a logística de comercialização. Toda essa infraestrutura faz com que o barco tenha condições de atracar e descarregar o pescado, e aí sim, ele começa a entrar em nossas estatísticas”.

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