quarta-feira, 13 de abril de 2011

Será que vai da tempo?

COPA:ATRASOS NO CRONOGRAMA PREOCUPA ENTIDADES

O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Bahia (Crea) e outras sete entidades apresentaram nesta terça-feira (12) o resultado do relatório de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), no qual se conclui que diversos projetos previstos para ser entregues até a Copa de 2014, que terá Salvador como uma das sedes, podem não ser concluídos a tempo. Planos como a reforma do terminal de passageiros do Aeroporto e a ampliação do pátio de estacionamento de aeronaves (com previsão de gastos de R$ 45 milhões), bem como a construção da segunda pista do aeródromo (não orçada), sequer foram licitadas. Segundo o Crea, uma empresa foi contratada para realizar o estudo de impacto ambiental na área da segunda pista, entretanto, o prazo de entrega é ainda janeiro de 2012. O Porto de Salvador, que seria uma via alternativa de entrada de visitantes, também é uma preocupação levantada pelo relatório. Apesar da obra de dragagem – que permite o acesso de navios de maior porte – ter sido concluída, a construção da nova estação de passageiros ainda está em fase de definição de projeto, orçado em R$ 36 milhões. Alguns planos de melhoria do fluxo e acomodação de veículos na cidade também estariam em xeque, conforme o Crea. A duplicação da Avenida Pinto de Aguiar e a ligação entre as avenidas Paralela e Gal Costa (conexão com o Estádio Barradão) ainda não têm investimentos estimados nem previsão de realização. Isso sem contar a indefinição entre os sistemas BRT e VLT para algumas das principais vias, como Paralela e Vasco da Gama. Os estacionamentos inclusos no cronograma (entre estes, Barris e Acesso Norte), ainda não possuem previsão de realização, tampouco projeto. Outra incógnita diz respeito à requalificação da Estação da Lapa, a maior e mais próxima do estádio a ser utilizado na Copa, que apesar da aplicação presumida de R$ 48 milhões, ainda encontra-se em fase de anteprojeto e captação de recursos. “É preocupante a exiguidade de tempo frente às demandas”, aponta a FPI, que critica ainda a indefinição sobre a coordenação e monitoramento das obras entre os governos federal, estadual e municipal. Tal qual o futebol, a organização do Mundial da Fifa na Bahia ainda é uma caixinha de supresa.
(João Gabriel Galdea / Rafael Rodrigues

BN

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